Tem horas em que a gente não percebe. Mas muitas vezes, começar a resolver um problema pede atitudes simples, que estão ao nosso alcance. Quer um exemplo? A questão da educação. Começar a melhorá-la envolve bem mais que apenas aumentar a qualidade do ensino, também envolve criar um ambiente adequado para as pessoas estudarem.

A boa notícia é que agora, com o projeto Tapume Educativo, ficou mais fácil ajudar nesse último quesito, contribuindo com o financiamento coletivo da iniciativa no Catarse.

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Lançado oficialmente esta semana, o projeto criado pelo Coletivo Criativo quer reaproveitar tapumes de construção, usados aos baldes nas cidades, pra resolver um problema elementar em muitas escolas do país: o da falta de carteiras escolares. Um dos idealizadores conta que um dia, enquanto fazia uma ativação artística pra uma construtora, descobriu que todo aquele material era jogado fora. Ao mesmo tempo, leu uma matéria de jornal sobre a falta de carteiras numa escola do interior de São Paulo e pensou: “por que não?”

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Pra isso, os idealizadores do Tapume Educativo juntaram profissionais de várias áreas, entre eles engenheiro, marceneiro especializado na máquina CNC e, claro, uma designer, já que um ambiente bonito e funcional também faz toda a diferença na hora de estudar.

“Fazer uma carteira que convidasse o aluno para o estudo era o briefing dos nossos designers. Já sabíamos da relação pessoal que este mobiliário tem com os estudantes. Quem nunca marcou o seu nome numa carteira? Quem nunca teve uma predileção por aquela que não bambeava? Então pensamos não só no melhor reaproveitamento dos materiais, como também nas formas harmônicas pra construir um ambiente agradável para o aprendizado”, conta Diogo Patoilo, idealizador, transportador e montador no projeto.

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“Além do visual convidativo, pensamos na ergonomia, na elaboração de um projeto que permitisse produção em larga escala, com o melhor aproveitamento do tapume – daí a utilização de uma máquina de Comando Corte Numérico – e na montagem fácil da carteira já na sala de aula, pra que ocupasse o menor espaço possível no transporte”.

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O protótipo já ficou pronto! Agora, só falta a contribuição de pessoas interessadas em começar a mudar a realidade das escolas pra sair do papel. O objetivo é arrecadar 5.800 reais até o dia 2 de janeiro de 2015.

Inicialmente, a quantia arrecadada será usada para a produção de 10 carteiras escolares que serão doadas à ONG Interferência, que oferece aulas de reforço pra cerca de 140 crianças do Capão Redondo. Vai lá!