Abrimos as portas de mais uma loja em Santana, São Paulo e estamos, no processo de reconhecer nossa vizinhança, explorando lugares inspiradores na Zona Norte. A parada da vez foi o Museu Aberto de Arte Urbana.

A história do projeto já começa de forma intensa: em 2011, 11 artistas foram presos por grafitar na Av. Cruzeiro do Sul e, a partir disso, apresentaram um projeto para a Secretaria da Cultura do Estado. Foi o primeiro Museu Aberto de Arte Urbana do mundo e contou com grafiteiros como: Binho, Chivitz, Akeni, Minhau, Larkone, Onesto, Zezão, Higraff, Presto e Anjo – moradores da Zona Norte – que assinaram 66 painéis da mesma avenida.

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O objetivo do museu é incentivar a cultura e arte para todos, além de promover programas com as escolas dos bairros próximos.

Binho, um dos idealizadores do Museu Aberto de Arte Urbana, disse em entrevista para O Globo que “este projeto tem a arte como cunho social. Há espaço para artistas renomados que já têm uma história, mas também abrimos para jovens grafiteiros da região, em início de carreira, para que tenha uma troca de experiências”. Além disso, a área que era dominada pelo tráfico de drogas ganhou revitalização, iluminação e ciclovias.

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Reflexões sobre arte de rua

Além de dar visibilidade para os artistas e promover a arte urbana, o projeto buscou estimular a reflexão sobre a censura do grafite no Brasil, já que após a aprovação da Secretaria da Cultura, o que era vandalismo virou museu e os infratores se transformaram em artistas.

Os temas das obras variaram entre natureza, vida urbana e periferia e foram usados, nos 10 dias de produção dos painéis, três mil latas de spray especial e 40 latas de 18 litros de látex. O projeto de revitalização já foi apresentado pelo curador Binho Ribeiro e agora aguarda aprovação da prefeitura da cidade.

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Visite o Museu Aberto de Arte Urbana:

Av. Cruzeiro do Sul, entre as estações Tietê, Carandiru e Santana do metrô.