O bate papo de hoje é com o artista Kajaman !
CC: Quando você começou a criar? “Eu desenho desde moleque e tinha meu primo como maior referência. Lembro também que guardava de tudo na esperança de construir um brinquedo ou algo do gênero com os achados, que iam de pulseiras de relógios, rodas de carrinhos, recortes de madeira até outros zilhões de cacarecos… e isso até hoje não é diferente!”
CC: O que deu forma/ cara ao seu estilo? “Procurei buscar um caminho diferente dos outros grafiteiros da minha época. Enquanto a maioria buscava grandes efeitos de luz, sombra e profundidade, eu optei por cores chapadas com traços e contornos simples. Enquanto outros buscavam o caminho do realismo e das letras complexas, eu buscava uma fórmula para dar vida e cores aos meus próprios personagens, e daí por diante uma sucessão de elementos deu cara ao meu trabalho.”
CC: Para você, qual é o poder da ARTE? “Pra mim ele é, de fato, imensurável. Eu viajo para outros estados e países tendo como suporte a arte que desenvolvo, e faço dela experiências de vida. Eu compartilho com outras pessoas que tudo é possível quando o que você faz é de coração, e a evolução vem com a dedicação. Reconhecimento é o lucro.”
CC: Como conectar mais os brasileiros com a nossa cultura? “ Colocando o bloco na rua, pois hoje vejo as pessoas com mais vida na web do que na vida real. Tudo está on, enquanto a vida, na maioria das vezes, está off. Penso eu que deveria haver mais espaços públicos e democráticos com preços acessíveis, eventos com pessoas que realmente vivam o que fazem, e não pessoas que ganham grana usando como trampolim a arte que produzimos! Espaços com exposições, shows com bandas alternativas, calor humano de verdade e não likes e unlikes.”
Imagens via blog do Kajaman. Grafite da foto 3 é parceria com Feik e da foto 4 com Iron II.
Por Conexão Cultural.
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