Pode parecer estranho pensar que a cor preenche o espaço, mas, na prática, é esse o efeito que ambientes monocromáticos e saturados transmitem. E olha que o tema não é recente, na década de 60 o artista plástico Cildo Meireles discutia o impacto da cor – hoje a obra “Desvio para o Vermelho” esta no Inhotim, vale a visita – e mais de 50 anos depois o decorador Roberto Migotto brincou com o tema em um espaço 100% vermelho. 

Gostou? Então olha só uma pequena amostra do trabalho do surreal Verner Panton.

Ok ok, esses ambientes são instalações, espaços conceituais mas, na prática, como funcionam? 
Para facilitar, vale fazer alguns exercícios:
1) Estude o seu armário. Ele é o melhor termômetro para te mostrar quais cores tem a ver com você;
2) Os micro ambientes são laboratórios perfeitos para um teste. Halls e lavabos, por não serem espaços de permanência, permitem tons gritantes;
3) Esqueça a regra “use branco para disfarçar ambientes pequenos”. Para que esconder o tamanho de um espaço? É muito mais interessante colocar cor ali e tornar o lugar mais acolhedor.
Para não esquecermos o branco que, afinal, não deixa de ser COR. O 100% branco também preenche e pode, algumas vezes, ser até mais estridente do que um espaço cinza, por exemplo.

E para fechar com cenários mais palatáveis, seguem 2 ambientes que poderiam estar em qualquer casa, até as mais tradicionais.

Para quem esta em São Paulo e gosta de cores aqui vai uma dica de programa: visitar a restrospectiva do venezuelano Carlos Cruz-Diez, na Pinacoteca, que vai até o dia 29/09. Lá tem uma instalação em que ele aborda a questão da luz/cor e o espaço. Saiba Mais.

Lucila Turqueto

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