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No Brasil Criativo de hoje, conversamos com o artista gaúcho Marcelo Pax.

Quando você começou a criar? “Comecei a ter interesse por arte desde pequeno. Sou filho de mãe artesã, então sempre tive contato direto com tintas e materiais de arte. Depois veio minha curiosidade por arte urbana, aquelas caligrafias sempre me chamavam atenção pois apareciam do nada e aquilo me intrigava. Comecei a copiar aquelas caligrafias como diversão e não parei mais.”

O que deu cara/forma ao seu estilo? “Sou um cara curioso, gosto de experimentar todas as técnicas possíveis. Também gosto de estudar artistas, desde Dali até grafiteiros da década de 80. No momento, meu trabalho é bem lúdico, solto, livre… Gosto de formas geométricas e cores vibrantes são uma marca forte do meu trabalho. Acho que a obra do artista é um reflexo da alma.”

Para você, qual é o poder da arte? “Eu vejo a arte como uma terapia, um treino pra encontrar meu equilíbrio. A arte tem o poder de mudar um ambiente, trazer alegria, expressar um sentimento. Quando trabalho na comunidade vejo que uma parede colorida é capaz de mudar o dia daquelas pessoas. É gratificante demais.”

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Como conectar mais os brasileiros com a nossa cultura? “O nosso povo é muito carente de arte, não temos o costume de visitar uma exposição. Mas isso não é de agora, vem lá de traz, o ensino é muito fraco. Na escola, a aula de artes é vista como recreação, então a criançada cresce sem saber o que é arte. O legal do graffiti é que ele é uma arte a céu aberto, quem não tem tempo de ir em galerias pode apreciar na rua mesmo e eu acho que isso já é uma maneira de aproximar o povo da arte. Precisamos de mais investimentos, espaços públicos que ofereçam arte para todos. Acho que ajudaria bastante. Mas, em tempos de copa, o que vale mesmo é construir estádios para roubar bastante.”

Por Conexão Cultural.

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